segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sobre uma janta solitária

Sento-me como o costume,
porem só.
Pobres palavras que saem de mim,
estão combinadas de forma tão tristonha.
Mas sento-me aqui.
Espero pelo meu prato.
(Sorte a minha (re)descobrir o rádio,
em tempos de tamanha globalização.
Apaguei-me do mundo.
Reinventei-me no passado
que nunca me pertenceu.)
O suco de deliciosos damascos
sobem em minha boca,
passeiam por ela
e invadem o cárcere em que habito.
Escrevo pois estou só.
Escrevo para fugir
da realidade (mais) palpável.
Escrevo para não olhar
nos olhos de quem me cerca.
Acostumei assim;
sinto-me inteira no autismo.
Agora os entendo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário