A velhice é bem
engraçada. Tem gente que morre jovem, logo em vida, como a FlorBela
(que) Espanca o amor. Outros velhos que ficam morrendo e se matando
psicologicamente antes da tão esperada morte física. Nestes casos
que me pego refletindo. Vivem tantos longos anos, fazendo algumas
coisas que não sei ao certo, por eu ter vindo alguns (60) anos mais
tarde. Creio que nascem, aprendem coisas básicas e importantes, como
plantar e cozinhar, então entram num casamento arranjado (e muito
religioso), parem filhos, continuam existindo, se dão sorte – se
amam, tornam-se avós, e então sofrem a morte que ainda não veio,
mas morrem por sofrer a morte antecipadamente. E, então, enquanto
esperam o fim (ou recomeço), ficam sentados numa cadeira de balanço, cantarolando músicas tristonhas
e reconfortantes, com letras que dizem “espero que haja um lugar no
céu para mim, e que as portas dele estejam abertas. Que lá eu
encontre a felicidade”.
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