domingo, 3 de junho de 2012

Para o menino meu


Existirá um dia em que não declararei minha saudade,
em que não desejarei teu nome e tuas dores.
Amar-te-ei em silêncio, no teu conhecimento obscuro,
mas só enquanto tua cama pequena abrigar teu corpo só.
Escrever-te-ei tantos outros poemas, como o costume,
esquecendo que outrora lamentei teu desquerer,
e lamentei por ter o desejo de acariciar-te na pele, durante uma noite eterna de descanso teu.
E se hoje tens medo do meu cuidado,
e se, com tudo o que eu digo,
tu me comparas às outras,
amanhã comparar-te-ei
aos amores bonitos e sofridos que no meu passado deixei,
mesmo amando-te profundamente,
na escuridão que existirá entre nós.


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