segunda-feira, 11 de junho de 2012

Kalanchoe Dubbel


Sim, quis ser tua novamente.
Quis estar em teus braços
e, até agora, a sede de dizer que te amo está em minha boca.
Mas não posso olhar nos olhos teus,
e lembrar de como éramos felizes no eterno lamento.
Se outrora acreditei no teu esquecimento de minha existência,
hoje desmorona em mim a fria realidade.
Perdi-te novamente.
Vi teu tremer ao tocar o violão jamais encostado antes,
e teu anel de côco, igual ao meu, pendurado no seu dedo de casar.
Senti tua flor,
e teu amor jamais desbotado.
Quis enxugar teu penar, mas o meu desespero o superou.
Desejei tantas coisas.
Esperei pela coragem de dizer que tua ausência é a causa da minha atual doença, mas ela não veio.
Ah, se eu pudesse dizer que não te amo mais,
e que tu não deverias me amar, pois não sou mais a mesma.
Agora me resta o peso da omissão dos meus motivos, por não estar ao lado teu.
E o sobrepeso por saber que nunca os declararei.
Meu sofrer era tão belo, porém tão triste...
porém tão puro, tão certo.
E era tanto... que de tudo, foi o que mais restou em mim.
Era tanto, que só me restou o medo.
Deveríamos ter sido felizes, rezei tanto por isso.
Deveríamos ter Sido juntos.
Porém não Fui contigo.
Queria te querer, mas cansei de ter minha face ardida pelo sal de minhas águas.
Penso em ti todos os dias,
mas se penso em estar contigo, o lamento me invade.
Já não sei mais, se o desquerer é por medo,
ou pela certeza de que perdi novamente,
meu pequeno,
puro
e real amor.

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