Sim, quis ser tua
novamente.
Quis estar em teus
braços
e, até agora, a sede
de dizer que te amo está em minha boca.
Mas não posso olhar
nos olhos teus,
e lembrar de como
éramos felizes no eterno lamento.
Se outrora acreditei no
teu esquecimento de minha existência,
hoje desmorona em mim a
fria realidade.
Perdi-te novamente.
Vi teu tremer ao tocar
o violão jamais encostado antes,
e teu anel de côco,
igual ao meu, pendurado no seu dedo de casar.
Senti tua flor,
e teu amor jamais
desbotado.
Quis enxugar teu penar,
mas o meu desespero o superou.
Desejei tantas coisas.
Esperei pela coragem de
dizer que tua ausência é a causa da minha atual doença, mas ela
não veio.
Ah, se eu pudesse dizer
que não te amo mais,
e que tu não deverias
me amar, pois não sou mais a mesma.
Agora me resta o peso
da omissão dos meus motivos, por não estar ao lado teu.
E o sobrepeso por saber
que nunca os declararei.
Meu sofrer era tão
belo, porém tão triste...
porém tão puro, tão
certo.
E era tanto... que de
tudo, foi o que mais restou em mim.
Era tanto, que só me
restou o medo.
Deveríamos ter sido
felizes, rezei tanto por isso.
Deveríamos ter Sido
juntos.
Porém não Fui
contigo.
Queria te querer, mas
cansei de ter minha face ardida pelo sal de minhas águas.
Penso em ti todos os
dias,
mas se penso em estar
contigo, o lamento me invade.
Já não sei mais, se o
desquerer é por medo,
ou pela certeza de que
perdi novamente,
meu pequeno,
puro
e real amor.