segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Conto sobre uma noite de insônia

Tive uma insônia essa noite. Fiquei fritando na cama durante horas. Levantei, fui tocar violão, voltei pro quarto. Deitei no chão, depois na cama - novamente. Consegui dormir um pouco, mas a impressão que eu tive foi a de cochilar e acordar de dez em dez minutos. Se deveras foi assim, eu não sei. O fato é que a cada cochilada eu sonhava com um pedaço de um filme. Não era um filme qualquer, contudo. Ele era meu e eu o criava a cada piscar longo dos meus cílios. Após quatro horas, despertei. Achei que estava na hora de levantar - doce ilusão, teria mais quatro horas para suportar a bendita insônia. Fiquei me virando e revirando por mais algumas horas (momento em que alimentei uma ideia real, para um curta-metragem). Creio que eu precisaria da proteção que o abraço, de alguém, poderia proporcionar. Mas acontece que, na insônia, há apenas uma solidão (quase) completa. Só os próprios pensamentos nos acompanham.

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