Tive uma insônia essa
noite. Fiquei fritando na cama durante horas. Levantei, fui tocar
violão, voltei pro quarto. Deitei no chão, depois na cama -
novamente. Consegui dormir um pouco, mas a impressão que eu tive foi
a de cochilar e acordar de dez em dez minutos. Se deveras foi assim,
eu não sei. O fato é que a cada cochilada eu sonhava com um pedaço de
um filme. Não era um filme qualquer, contudo. Ele era meu e eu o
criava a cada piscar longo dos meus cílios. Após quatro horas,
despertei. Achei que estava na hora de levantar - doce ilusão, teria
mais quatro horas para suportar a bendita insônia. Fiquei me virando
e revirando por mais algumas horas (momento em que alimentei uma
ideia real, para um curta-metragem). Creio que eu precisaria da
proteção que o abraço, de alguém, poderia proporcionar. Mas
acontece que, na insônia, há apenas uma solidão (quase) completa.
Só os próprios pensamentos nos acompanham.
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