Foi como se houvesse o
poder de previsão. Restou apenas o tempo de se aconchegar, como havia
pensado, e inspirar profundamente o ar. Neste instante, a outra sai
do quarto e se encontra com o antigo amor, sentado ao piano. Pega
algo próximo a ele (que não a enxerga), e retorna de onde saiu, com
a mais assustadora expressão de tristeza – nunca vista antes.
Disfarça um sorriso para quem observava a cena (que já havia visto,
antes de deveras acontecer), diz um oi e some.
Agora, já não sabia
se sorria, pela intuição, ou se chorava pela traição.
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