Parada 1
Estacionei minha Ceci
na grama desse … “parque”. A deitei no chão e sentei ao seu
lado. Precisamos parar, às vezes, e respirar.
Meninos jogam bola e
gritam para libertar a raiva de um passe errado. Atrás de mim, um
casal de crianças é fotografado no parquinho (a menininha é ruiva,
linda, como eu desejava ser, nesse momento).
Minha perna cruzada (como em “índio”) começou a ficar dormente. As crianças conversam, serenas, o vento contínuo sopra refrescante. Preciso andar.
Precisava ir, mas não
o fiz. Deitei na grama e, graças à isso, percebi a dança das
imensas árvores sob minha cabeça. As crianças passam correndo por
mim e, brincando entre si, pude ouvir umas frases melodiosas que
diziam “Vucê não mi pega, vucê não mi pega”. “Peguei!”.
Resolvi pegar a estrada
também.
Parada 2
Finalmente encontrei o
lugar tão desejado. Deitei logo. Respiro ofegante. Subidas
desgastam. Percebo o céu e as árvores entre os aros da roda da
Ceci. O dia está lindo, perfeito para me encontrar. Vou em busca de
outro canto.
Parada 2 ½
Andei alguns passos e
logo encontrei o lugar que queria. Ainda que haja barulho e
conversas, há silêncio. Cá, dentro de mim, há apenas a música
que vem dos movimentos de meus órgãos vitais. Encontrei-me, por
fim.
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