2. Deixa eu te matar, cá dentro de mim. Com todos os beijos e
lembranças que me levaram às nuvens em instantes passados. Que hoje seja o
último pesar, o último desejar. Tua última gota de esperança. A última música. Última poesia. Último
romance. Último olhar. Derradeira relação passageira.
3. Promessas vãs. Esperas vãs. Deduções vãs. Juras em vão. E que
sinta a falta do que não teve. Sinta a sobra da vila. A carência do meu amor
doce que você negou.
4. De que importa teu sorriso, tua beleza e teu desejo passado?
Já não me queres. Não me importo. Solto vãs palavras (frente à um fundo verde e
só). De todas que te desejam, quantas se oferecem? E qual das ofertas servem
pra tua’lma ferida? Perceberás quando eu não mais me importar, de vez.
5. Quando a doação é maior que a oferta (e quando ela não é
pura) há o pesar. Um adeus aos cabelos e às costeletas. Adeus ao teu sorriso
belo e penoso. Adeus ao ombro ofertado e ignorado da pior forma, em todos os
instantes.
6. A solidão pouco me importa. Ela é mais um incômodo alheio e
social, do que real. Me encanta a solitude. A autossuficiência. A capacidade de
ser, por mim – apenas. Não me perturbo com o fato de estar fisicamente só. Me encanta
o fato de estar preenchida “almamente”. Me vicia o doce gosto do amor.
7. Adorno colorido a sangue. Pouco sei se é sangue de dor ou
amor, às vezes me parece o mesmo pigmento. O mesmo pesar.
8.O que tu vês além de uma louca rabiscando um guardanapo
qualquer, em vez de dançar? -Pobre coitada solitária e descabelada pelo
ventilador.
9. E se quando o efeito
passar, eu continuar te querendo (ou
querer mais?) ? Ignoro teu nome e meu desejo por ti. Ignoro o acontecido, por
mais singelo significado passado. Bebo a água. Desejo-te. Analiso teu sorriso. Quebro-me
em mil pedaços exagerados. Recompor-me? Renascer, talvez.
(Poderia secar meu pranto com o trapo poético).
10. Certas vezes, eu volto com marcas de pés, de amor. Hoje volto
rabiscada à caneta. À solidão. À desamor. À álcool. À desilusão. Justo eu.
11. Quebrarei as unhas. As ilusões.
12. Despedida. Quanto menos melancólica, melhor.
13. Tudo vai, tudo volta, tudo vai de volta e nada fica.
14. De que adiantou ignorar-te falsamente? De nada. Nada foi
real. Nada se formou. Nada é. Muito menos o nós.
15. Já me conhecem. Meus desastres. Minhas paixões e ilusões. Meu
mundo que, em instantes, desmoronou. Me desconserto ao lado teu. Mas transforma-me
em poetisa. Te mando à merda porque te quero. Permaneço por te querer. Quero-te
por devaneio, por um segundo.
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