quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O que me cobre

Deitei sob a cama dura, que me aguardava. Sem sono. Desejei-te ali. Cobri-me com um lençol qualquer. O algodão se tornou minha epiderme. O algodão, tua tez - nossa. Senti teu cheiro (oriundo do pano que me protegia do frio). Difundi-me em teu cheiro, vindo de lugar algum, a não ser do meu desejo de ter tua pele sob a minha (como o algodão que me consola, na tua ausência).

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