quarta-feira, 28 de março de 2012

Recordas?

Quando a luz abandonou o quarto
e a sombra fez-se presente,
recordei-me da tua sala
de madeira e vidro – pequena.
No aconchego do teu lar,
com a vista para as grandes rosas
                           [de teu jardim,
entreguei-me em teu conforto.
Fiz-me completa no teu colo,
enquanto tuas mãos macias
secavam meu suor e teu prazer.
Fiz-te completo em meu peito cheio,
mas apenas no instante
em que deitastes em mim,
com o findar da lua.
Efêmero segundo em que nos pertencemos
                                     sem nos termos,
em que nós vivemos sem sentir
e nos amamos sem saber.


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