Aquarelar uma mente vazia,
agora arrastada pelos passos fúnebres,
que antes fora repleta de sonhos.
Aquarelar as palavras
que viravam poesias
nas bocas unidas pelos delírios loucos de uma paixão súbita.
Aquarela nas tristezas
embaladas pelo blues marcante e frenético,
que faz o cárcere corpóreo dançar livremente.
Aquarela na mente,
para que os sonhos virem poesias,
inspiradas pelos beijos rotos e delirantes,
causados pelo movimento do blues,
numa dança aonde
o corpo é uma peça por si só.
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