Quero deitar sob a luz lunar
e ouvir cada pingo tocando o chão.
Quero sentir o molhado
dessa tão benta chuva
ao longo dos mais longos fios de meus cabelos.
Desejo que esse processo tão puro,
simples
e belo
misture-se com as águas de meus olhos
(azuis, ou verdes),
enquanto eu
me dissolvo lentamente
com cada gota,
com cada nota desse violão tenor,
que, sem querer, me soa como um bandolim.
Anseio essa união tão divina
entre quem sou eu:
notas, gotas, carne humana
e uma pitada de amor.
santa chuva! lindo!
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