quarta-feira, 28 de setembro de 2011

TRAVESSIA

Tu me tiras o sono,
me tiras a fome,
me tiras o tempo,
e em compensação
me deixas o desejo
de ver-te
e amar-te
novamente.

Escuta

Eu tinha tanto para falar
mas agora tudo se foi.
Não sei se as palavras que fugiram,
ou se eu que prefiro deixá-las
guardadas (escondidas),
por não fazerem sentido
quando estou
junto de ti.



Feito Luz do Sol Que Invade o Quarto Pela Fresta da Janela

Não sei se gosto mais
do seu cabelo comprido,
ou do seu cabelo curto.
Posso ate mesmo pensar
que gosto dos dois.
Ou que gosto sem cabelo.
Isso não me importa muito...
diferente da sua ausência,
e da nossa distancia,
que me deixou
com o coração apertado
agora.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Inverdade

Permita-me o
alcance que seus
olhos me dão,
e liberte-se para
que você possa ser
em mim.

Sintamos nossas peles
Como sendo única
e indivisível,
como sendo a tez
de dois seres que se
amam, incondicionalmente.

Permita-nos sentir
totalmente, e não
levar nossas mentes
mais alem.

Permita-nos amar
cada instante de
paz e pureza,
cada instante de desejo e prazer.

Permita-se a entrega
De seu corpo junto
ao meu, e a leveza
de sua mão entrelaçada
na minha.

Permita-se,
permita-me,
permita-nos,
por mais um segundo,
ou por quanto mais tu quiseres.

Prece

Traga-me, mar,
aquilo que só tu és capaz.
Aquilo que só
tu consegues trazer,
só por bater na areia.
Venha a mim, mar,
e o traga contigo.
Traga-o para meu lado.

Carpe Diem

Ah! Marilia,
vamos embora,
vamos, vamos.
Deite comigo,
sob o mar de estrelas,
sob a arvore e
o parreiral de uvas
verdes.
Tao escuras quanto
os olhos seus,
e tao cheias quanto
os lábios que me tocam.
Esqueça, vai ! (vem!)
Vamos comigo
para onde seremos apenas nos.
Onde seremos
como quisermos ser.
Fugere !

domingo, 25 de setembro de 2011

Sol

Que teus olhos brilhem
diante do circulo de fogo
que emerge no horizonte,
acima das tao salgadas águas,
que te separam de mim.
E ao findar a tarde,
que teu corpo emane
o mais profundo calor em meus seios,
e que, ao se entrelaçar em meu corpo
tornem-se um.
Único,
Como sou agora
diante dessa infinitude
de ondas.
Único como eu
e o mar.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Assim

Cade a luz
que iluminava
as mãos, a tinta
e o papel?
Quem ofuscou
a luz, e
obrigou que
outra chama
se acendesse,
mesmo que
apenas no pensamento,
nas ideias,
e não no peito
(ainda escuro) ?

lamento

Como um allyssum
sem cheiro
e mar sem
gotas.
A indiferença
doí mais que qualquer distancia,
que qualquer suspiro lançado
em outros ares.
Dói mais que a
dor de amar
e não ser amada
e tocada
por lábios seus.